sábado, 4 de setembro de 2010

O drama do pedestre num lugar sujo e ameaçador

 



Quem caminha hoje, sábado, pelas ruas de Livramento e Rivera ficará chocado e mais indignado ainda. Constata-se o aumento crescente do número de vendedores ambulantes em ambos os lados, seja no leito da rua João Pessoa, seja na calle 33 Orientales, em Rivera.

A Praça dos Cachorros fica como um sanduíche mal-cheiroso e ameaçador, espremido por mais barraquinhas e mais lonas plásticas. Com isso o risco de incêndio aumenta em proporções alarmantes. Nos postes se observa o aumento dos perigosos "gatos" e gambiarras, trazendo mais insegurança a todos os que circulam pela área.

Há pouco, logo depois do meio-dia, um sujeito instalava por conta própria duas lâmpadas tubulares do tipo fluorescente (foto acima, também usadas como "antena" para captar sinal de tevê) entre dois fios puxados das cabeças dos postes metálicos da Praça dos Cachorros. Ele fez essa operação, um tanto quanto arriscada por tratar-se de fiação velha e não raro desencapada, com a naturalidade de quem está no próprio lar.

Os guardas de trânsito de Livramento e Rivera apenas passeiam, sem molestar a ousadia dos ambulantes. O espaço público é exclusivo para carros ou para ambulantes. Ao pedestre não resta a menor chance. Tem que se espremer entre a ameaça de ser atropelado ou a cara feia de um vendedor mau humorado.

O resto é lixo acumulado, papelão empilhado, ou servindo de carpete, pedaços de isopor salpicam o chão, plásticos de embalagens em toda a parte, tanto os pequenos, quanto os de grandes dimensões (foto ao lado). Chamar isso de caos é quase um elogio.

O Largo Hugolino Andrade, que divide o que foi a Praça dos Cachorros com o que ainda é o Parque Internacional é um território liberado para a sujeira, para o vale-tudo, para o descaminho, para a mercadoria sem origem, para a lei do mais forte, e do que grita mais alto.

Ao pedestre local ou turista visitante resta o medo e a contida revolta.

As autoridades, onde estão as autoridades?

A lei, onde está a lei?

Um comentário:

Liane disse...

Muito pertinente tua observação sobre a condição do pedestre naquele caótico entorno da praça. realmente, as pessoas não conseguem passar por ali, especialmente no final, entre as ruas Rivadávia Corrêa e Agraciada, pois os "empreendedores" informais, tomaram, a antes apertada calçada e uma parte da rua. Sinto-me desestimulada a andar por ali, está temeroso passar, pois quando se é obrigado a cruzar, recebemos uma profussão de fuumaça de cigarros e ainda somos obrigados a ouvir as barbaridades que eles dizem entre si!
Parabéns pelo movimento e aos empresários que desejam uma linha de fronteira mais digna e consequentemente um turismo organizado.Viva a cidadania e o direito de termos e fazermos uma cidade moderna.... planejada,com respeito ao patrimônio histórico que dela recebeu da antiga fronteira.
Liane C. Aseff