sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Um breve balanço, e os próximos passos do nosso movimento
O movimento de restauração da Praça dos Cachorros e do Parque Internacional não se constitui apenas em denúncia, mas em ações concretas, em trabalho metódico, organizado e objetivo. Trabalho coletivo, sem dono, sem chefe e sem partidos.
Não estamos parados, pelo contrário, trabalhando, reunindo, debatendo com pessoas e entidades. Sobretudo, tratando de legitimar o movimento aos olhos da comunidade fronteiriça.
No Uruguai, fizemos contato com o assessor de um Senador uruguaio e de um Edil (vereador) de Rivera, que nos apoiam e em breve se manifestarão através de ações construtivas. Estamos agendando uma reunião com o Intendente de Rivera, Marne Osorio. Um certo escritório de arquitetura, soubemos ontem, prepara esboço de projeto arquitetônico e paisagístico para a Praça dos Cachorros, contemplando um local digno para os camelôs.
No Brasil, estamos contactando as entidades sociais e profissionais de Livramento. Ontem mesmo, recebemos apoio informal de alguns vereadores santanenses, e agendamos encontro com entidades para a próxima semana. Conversamos por telefone com um diplomata do Itamaraty (Ministério de Relações Exteriores do Brasil), que tem familiaridade com a nossa fronteira. Ele, gentilmente, nos instruiu sobre diversos procedimentos e agregou inúmeras sugestões para o bom desenvolvimento do nosso trabalho, para que este se torne eficaz e objetivo, no âmbito das formalidades governamentais, no Brasil, no Uruguai e no Mercosul.
Estamos com um pequeno grupo de profissionais do Direito, estudando a legislação municipal de Livramento, bem como o Código de Posturas do município, o Plano Diretor e as exigências legais de segurança contra incêndio para estabelecimentos comerciais na cidade.
Por outro lado, nos últimos dias, as manifestações públicas da Prefeitura Municipal de Livramento, através de seus porta-vozes, foram lamentáveis e desanimadoras. Parece que a Prefeitura está apostando na nossa desistência e na nossa desmobilização. Pois muito se enganam! A má vontade da Prefeitura é o combustível para a nossa determinação de luta e de vitória.
O Secretário de Desenvolvimento, senhor Aragon, através de entrevista à rádio RCC-FM afirmou que os camelôs permanecerão onde estão. Exagerado, chegou a chamá-los de "empreendedores", como se eles pagassem impostos e estivessem em dia com as suas obrigações fiscais e legais.
Em vista disso, estamos cientes que a nossa luta será longa. Por esse motivo precisamos reunir mais apoiadores e mobilizar mais consciências. Mais ainda, é preciso sacudir a indignação dos santanenses e riverenses para combater a visível imobilidade das autoridades santanenses.
As autoridades são nossos servidores, constituídas pelo nosso voto cidadão, portanto, devem obedecer aos nossos justos propósitos.
Foto: Rua João Pessoa, em Livramento, e a Praça Flores da Cunha (dos Cachorros) à direita da foto, antes denominada Praça Rio Branco (na década de 1940). Acervo de Luiz Hamilton, pescado no ótimo blog Filhos de Santana.
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3 comentários:
Correto este apelo, toda a comunidade fronteiriça, principalmente seus representantes, nos diversos setores, devem se unir em apoio a este movimento, para que tenhamos resultados.
É isso aí. Não existe mudança sem revolução.
A batalha foi iniciada de forma sólida e firme.
Parabéns, continuem que nós apoiamos.
E otimo a questao do balanço, assim todos podem acompanhar e participar de forma aberta e transparente e ninguem podera dizer que nao participou por desconhecer o projeto, por omissao sim. Demonstra que e um trabalho serio de todos para todos.
IN BOCCA AL LUPO!!!
Vera e Alberto Massa
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