sábado, 6 de novembro de 2010

Os dados que a prefeitura não fornece



Segundo o último levantamento que fizemos, esta é a realidade numérica das bancas

Evidentemente, se trata de um levantamento empírico, com dados quantitativos, somente. Carece, pois, conhecermos os dados qualitativos e socioeconômicos dos que ocupam a Praça dos Cachorros. Esses dados mais refinados são importantíssimos na futura negociação com os investidores da parceria público-privada para a construção do centro popular de compras, o camelódromo. Ninguém irá investir aqui, se não puder projetar seu plano de negócio.

Eis os números: contra o muro da linha divisória há 39 bancas de camelôs. Três destas bancas estão fechadas com portas metálicas e cadeados, sugerindo que estas devem ser usadas como depósitos de mercadorias.

Em frente, entre a calçada, agora “desobstruída”, e a pista de rolamento, há 34 bancas. Destas, quatro estão livres, aguardando os camelôs das pontas que devem deixar livre a circulação nas esquinas, conforme determinou nosso ilustre prefeito. Entretanto, temos declarações de que estes camelôs das pontas se negam a deslocar-se para o centro, dizendo: “Daqui não saio e quero ver quem me tira daqui!” Eles não fazem segredo desta afirmação, ao contrário, falam como se estivessem garantidos por alguma entidade desconhecida ou oculta.

Subindo a Rua João Pessoa, entre a Rivadávia Correa e a Silveira Martins, há mais 25 bancas.

Defronte ao Parque Internacional, no Largo Hugolino Andrade, há 10 vans de sucos, os artesãos e os cambistas, que dividem o canteiro com mais ambulantes. Estes sim, são ambulantes mesmo, pois mobilizam suas mercadorias, levam e trazem todos os dias.

Portanto, empiricamente, repetimos, temos 108 bancas de comércio irregular, tanto na Praça dos Cachorros, quanto no Parque Internacional.

Agora, aguardamos as providências da Prefeitura de Livramento para começar a conhecer a realidade efetiva dos comerciantes ilegais. Como já comentamos aqui, tais dados e informações são condição sine qua para o início da solução definitiva do problema na linha da fronteira, da dignidade dos "empreendedores individuais" e sobretudo do resgate na nossa cidadania.   

2 comentários:

Pedro Luiz Coelho A. disse...

Cara Laura, reconhecidamente trata-se de elevação da qualidade de vida e de relações como destacas..."dignidade dos "empreendedores individuais" e sobretudo do resgate na nossa cidadania". Pensar as articulações que apontem sobre "que cidade queremos" e o que fazemos para tal.
Cordiais saudações.
Pedro Luiz Coelho A.

Anônimo disse...

Não entendi nada o que quis dizer o Pedro. Poderia ser mais claro??