sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Bombeiros de Livramento continuam imobilizados





A resposta dos bombeiros de Livramento à Denúncia formal que encaminhamos ainda no mês de outubro é ambígua e não mostra objetividade no tratamento de uma questão emergencial e de evidente risco à comunidade santanense.

Quem passa e visualiza o emaranhado de fios elétricos (muitos desencapados) e enorme quantidade de lixo e material inflamável nas imediações (ver fotos) dos barracos dos camelôs da Praça dos Cachorros verifica na hora o risco que todos corremos. É gritante. Não precisa ser especialista, profissional ou perito em segurança do trabalho para constatar aquilo que estamos alertando (e denunciando de maneira formal) há meses aqui neste blog.

Anexo, vocês podem ler a carta-resposta (aqui) do major do Corpo de Bombeiros de Livramento. A ambiguidade e a indeterminação do militar é uma peça-prova que pode se voltar contra ele próprio, caso aconteça o desastre. Ora ele se isenta de responsabilidade, alegando que o local não possui alvará. Ora garante que a corporação pode sim interditar o local onde se constate efetivo risco iminente de sinistro. Entretanto, ao fim e ao cabo, rigorosamente nenhuma iniciativa foi tomada para exigir o alvará faltante, muito menos a realização de uma perícia detalhada do local para posterior interdição por risco iminente aos cidadãos/cidadãs e ao patrimônio público. Nem exigência de alvará, nem perícia para garantir interdição.

A imobilidade é total. O descaso é preocupante.

A todas essas, o saldo é o seguinte: tudo continua como dantes no quartel do Corpo de Bombeiros, na Praça dos Cachorros, no Parque Internacional, e no medo de cada um nós.

Só nos resta, pois, torcer para que o calor tórrido do verão e o tempo seco não sejam elementos detonadores de um trágico sinistro de fogo no coração da Fronteira da Paz.

Quem sabe rezar, pode já começar.

As fotos (menos a do alto) são de Fabian Ribeiro/blog Filhos de Santana.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como se diz lá fora, "por um acauso", alguém acha que o exemplo do trabalho hoje feito pela segurança pública no Rio de Janeiro vai pegar no resto do Brasil?
E em nossa alegada "fronteira da paz", alguém tem ilusão de que os órgãos de segurança possam fazer alguma coisa para diminuir a criminalidade (drogas, contrabando, roubos, camelôs, etc.)?
Aqui nesta fronteira, o espírito de Macunaíma encarnou em TODAS as autoridades (QUE PREGUIIIIIIIÇA!).